No dia da Visibilidade Trans no Brasil (29 de Janeiro), a Google Brasil exibe um doodle em homenagem a Brenda Lee, uma militante transexual brasileira que lutou pelos direitos LGBT nos anos 80.
Brenda Lee ficou conhecida após se tornar numa figura importante do bairro do Bixiga, onde decidiu comprar uma casa e acolher pessoas infetadas com sida, numa época em que predominava a desinformação e preconceito sobre esta doença. Muitas das pessoas que recebiam alta hospitalar ficavam sem casa, por terem sido abandonadas pela família e Brenda pretendia ajudar estas pessoas, bem como também pessoas trans.
A «Casa de Apoio Brenda Lee» foi instituída formalmente em 1988, com o objetivo de dar assistência médica, social, moral e material.
Nesse mesmo ano, foi lançado o documentário "Dores de Amor", realizado no ano anterior pelo cineasta suíço Pierre-Alain Meier, que expõe a vida de quatro mulheres transgénero. Além da própria Brenda, participaram Andréa de Mayo, Cláudia Wonder, Condessa Mônica e Thelma Lipp.
Brenda Lee faleceu no dia 28 de maio de 1996, vítima de assassinato. A família de Brenda não quis assumir o espaço após a sua morte e o mesmo foi comprado para se tornar numa Organização não Governamental. A Casa acabou por fechar em 2011, durante 5 anos, até a sua reabertura em 2016.
Hoje em dia a sua missão passa por "promover a integração e educação social de crianças e pessoas independente de gênero, sexo ou raça, em especial que sofreram abuso sexual, através de programas, projetos e assistência, promovendo o bem estar para a vida e sociedade", segundo o site oficial.
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